NO SAL DO PRANTO
Não há como fingir essa tristeza
em belezas de fantasias pueris...
Pois cores fortes tingiram esse pranto
e o desencanto necessita ficar nu...
É preciso que transborde por inteiro
em versos que não ouso impedir...
E desbotem de vez todos os sonhos,
que imponho pra essa minha solidão.
Que se tornem brancos meus anseios
despertados pela palidez do espanto...
E no sal do pranto eu purifique a mágoa
que deságua e inunda tudo em mim...
Partirei bem só, mas já desperta.
Liberta enfim pra vôos bem distantes...
Eterna errante à procura de respostas,
costas marcadas, mas, olhos radiantes...
2 comentários:
dada à "santa preguiça" cirandei por aqui com mais calma...
gostei de lê-la...
e porque hoje é dia dos oceanos
«Novos mareares longe me esperam
Seguirei...»
boa semana
um sorriso azul :)
Esta combinação de palavras, imagem e música está fantástica. Se se pudesse sentir o aroma, seria por certo de roseirais.
Beijos carinhosos
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