quem a via já sabia,
que a moça esperava em vão...
um dia após outro dia
um barco azul que não vinha
e o cansaço já pedia
da espera a libertação...
alguns cuidadosos diziam:
- não seria acaso miragem,
tal barco azul esperado?
mas, o vento já zangado
dizia que só ela via
o estranho e negro barco
em azul de fantasia...
nenhum apelo dos olhos
tão claros e tão cansados,
fez o tal barco voltar...
acordou então a moça
do antigo sonho sonhado
num longo suspiro aliviado
jogou finalmente a espera
pra sempre dentro do mar...
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